quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Leitura - Dedique-se de Coração

Desde que comecei a assistir seriados eu me encantei com aqueles copinhos de café que as pessoas compram e saem tomando pelas ruas. Bem prático né?! Até apelidei o copinho com a tampa oval de disco voador. O primeiro contato com esse tipo de loja aqui em BH foi o Califórnia Café que já até falei dela aqui no blog. 

Não sei ao certo quando eu me apaixonei pela Starbucks, mas algo me chamou atenção nessa cafeteria conhecia pelo mundo. Já provei alguns cafés dele (que encomendei) e tenho caneca e copo de lá. Também já provei o chá que vendem lá. 

Enfim, como sou apaixonada pela marca resolvi entender um pouco mais sobre ela e foi aí que comprei o livro "Dedique-se de Coração", escrito por Howard Schultz, presidente do conselho e CEO da Starbucks (descrição contida na capa). Só achei o livro para comprar no Mercado Livre. 



Demorei horrores para terminar de ler o livro, não é porque ele é chato, mas eu queria absorver cada palavrinha dele e depois de terminá-lo dá vontade de ler de novo e de novo. 

O livro é uma narrativa, então é como se você escutasse alguém contando a história pra você. Dá vontade até de fazer algumas perguntas! rsrsrs

Em grande parte do livro é o relato de uma luta para conseguir investidores para o negócio. Como fazer com que as pessoas acreditem no seu sonho e como fazê-las sonhar também. 

O que não sabia é que a Starbucks não foi concebida em seu formato atual. Ela foi sofrendo diversas modificações. Ela foi fundada em 1971 e originalmente intitulada "Starbucks Coffe, Tea anda Spice". Segundo o autor era "um templo de adoração ao café.  Por trás do balcão gasto de madeira havia caixas contendo café de todas as partes do mundo: Sumatra, Quênia, Etiópia, Costa Rica."
O livro conta toda a transformação da Starbucks em uma cafeteria mundial.


Não é uma história somente de sucessos. Ela também descreve os erros cometidos, os altos e baixos que ela enfrenta até hoje. Starbucks se reinventou ano a ano, "com a introdução de novos produtos (bebidas geladas com leite, como o Frappucino, sorvete e chás), aliada a lojas de ambientação intimista, atraiu o público. Também foram úteis a promoção de eventos ligados às comunidades locais e à produção e comercialização de CDs com o repertório de jazz e música clássica que eram veiculados nas lojas. Tudo isso sem nunca ter investido fortunas em publicidade. Com o tempo, essas ações, associadas a vendas por catálogo e acordos com a Pepsi para a distribuição do Frappucino em supermercados, com a Dreyer s para a fabricação de sorvetes e com a United Airlines para servir cafés nos aviões, acabaram por ampliar a penetração da marca, que mantém lojas até nos aeroportos americanos. Entre o público, a Starbucks provoca reações de amor e ódio. Há gente que não sobrevive a um dia de trabalho sem dar uma passadinha por lá." (trecho retirado de http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/682/noticias/cafe-com-griffe-m0047265)


O mais importante de toda a história da empresa é a valorização dos funcionários. Eles, juntamente com os clientes, são a base da empresa. Sem funcionários motivados e felizes não existe empresa que se aguente por muito tempo. Simples ações como um plano de saúde para os funcionários pode aumentar a produtividade de uma empresa. Será que todo empresário pensa assim? Definitivamente não. 

A lição principal é que não se pode desistir nunca e que se deve sempre seguir os seus valores. 



No site inspiraetranspira.wordpress.com, encontrei uma análise que cruza a história do livro com os princípios dos empreendedores. Vale a pena compartilhar aqui: 

Busca de oportunidade e iniciativa – se sentiu tão curioso e incomodado com o fato de uma cidade como Seattle ter um padrão de consumo tão alto de insumos para café (vendidos pela empresa que ele trabalhava), que destoava do resto do EUA. Teve iniciativa de ir por conta própria até lá ver com os próprios olhos

Persistência – Quando chegou à Seattle a Starbucks não tinha foco em venda de bebidas, apenas em grãos, utilizando o café na hora como catequese de clientes. Sofreu resistência desde sua entrada na empresa até o momento em que sua opinião passou a ser mal vista junto aos sócios. Era tão convicto de seus ideais, valores e visões que foi retirado da empresa

Correr riscos calculados – Aceitou o desafio de criar uma empresa nova na mesma área – a Il Giornale – assumindo um risco moderado e, quando teve a chance, comprou sua empresa antiga (a Starbucks), pois sabia que apenas ela poderia atingir seus objetivos em âmbito nacional

Exigência de qualidade e eficiência – Prefiro deixar para vocês analisarem quão obstinado esse cara foi em antecipar, satisfazer e exceder as expectativas de seus clientes

Comprometimento – Nunca se escondeu, se sacrificou, sempre atuou lado a lado com seus gerentes e sempre, sempre focou no longo prazo quando o assunto eram os clientes

Busca de informações – Sua “viagem pelo café” começou muito antes da Starbucks, mais precisamente quando foi à Milão e viu todo aquele ritual, aprendeu muito sobre aquilo. Já na Starbucks, utilizava seus experts em café para melhores decisões

Estabelecimento de metas – Acho que ninguém tem dúvidas que aquele crescimento estrondoso que citei foi fruto de metas muito bem estipuladas, certo?

Planejamento e monitoramento sistemáticos – Ok, nesse ponto eu confesso que em alguns momentos achei o cara muito louco e quase mal planejado! Acho que podemos aceitar um pouco de sorte (mas só se você compartilhar comigo a ideia de que sorte = oportunidade + preparação). De qualquer forma, era um fanático por métricas e um dos capítulos é intitulado de “Sorte é resultado de planejamento”.

Persuasão e rede de contatos – Cada movimento de crescimento da Starbucks mostra que Schultz era um especialista em fazer sua rede de contatos trabalhar em pro dos seus sonhos. Foi persuasivo tanto para convencer investidores conhecidos de que os sonhos poderiam ser maiores, como para convencer completos desconhecidos de que aquilo não era um devaneio

Independência e autoconfiança – Largou seu emprego, com bom salário e segurança, para correr atrás de seu sonho, ditar suas regras e não responder pelas regras dos outros. Comprou a marca Starbucks, mesmo quando tudo dizia que aquilo seria uma loucura

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